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RIO – Na Arcada da Capela, o belo restaurante do hotel Quinta das Lágrimas, em Coimbra, Portugal, à beira do camoniano rio Mondego, sob as bênçãos da milenar Universidade de Dom Diniz, a mineira família Gorgulho-Juca, escolheu para rever amigos portugueses. O lugar perfeito. Desde a idade média (a partir de 1350), a Quinta das Lágrimas, que já foi da Universidade e de uma ordem religiosa, cercada de matas e
RIO – Era um rapaz magricela, calva longa e olhar triste de seminarista de castigo, as mãos soltas na ponta dos punhos, como balões vazios, e um pescoço longo, muito longo entre Modigliani e o gogó da ema da praia de Pajuçara em Maceió. Duas vezes vi Marco Maciel, presidente da Câmara, em pânico, na crise de abril de 1977. Quando Francelino Pereira chegou ao Planalto dizendo que a situação
RIO – Augusto de Lima Júnior, historiador e filho de avenida em Belo Horizonte (o pai foi um dos patriarcas mineiros), criou a Medalha da Inconfidência, e Juscelino o nomeou Chanceler perpétuo. O governador só dava a medalha a quem Liminha aprovava. Bias Fortes chegou ao governo, queria dar a Medalha de Tiradentes à sogra. Augusto de Lima Júnior protestou, não adiantou nada. Bias assinou o ato, Liminha pediu demissão
RIO – Saí do almoço, fui direto à enciclopédia ver a definição de águia: – “Ave de soberbo voo, garras potentes e tarsos plumosos, nidifica e habita nas montanhas”. Era ele. Nunca ninguém me dera tão forte a ideia de ave, de uma ave soberba. Cara de ave, nariz de ave, longos dedos de ave, finos e saltitantes olhos de ave, apesar de tudo não voava nem cantava. Era um
RIO – Quando Jimmy Carter esteve no Brasil, em 1972, passou alguns dias em Recife com a mulher, em casa do casal Camilo Steiner, na praia da Piedade. A mulher de Steiner, americana da Georgia, foi colega de colégio da mulher de Carter e continuaram amigas pela vida a fora. O filho de Steiner estudou nos EUA, morando na casa de Carter. Em Recife, o governador Eraldo Gueiros ofereceu um
RIO – Quando o Senado e a Câmara Federal reabriram em março de 1970,senadores e deputados governistas foram ao Alvorada para uma visita sabuja de cortesia ao novo ditador, o general Médici. Chagas Freitas, então deputado, foi apresentado pela primeira vez ao presidente, que lhe disse: – Preciso falar com o senhor. Chagas ficou como uma vela de óculos. Puxou pelo braço o deputado Rubem Medina, da Guanabara, e um
RIO – “O difícil agente faz hoje. O impossível faz-se amanhã.” Esta frase, lapidar, é a abertura do livro “Alberto Silva Uma Biografia” do brilhante jornalista piauiense Zózimo Tavares. “Nenhum político piauiense mexeu tanto com o imaginário de uma geração, na segunda metade do século 20, quanto o engenheiro Alberto Silva. Ao governar o Piauí pela primeira vez, entre 1971 e 1975, consagrou um etilo de gestão que o transformaria
RIO – Sergio Porto, nosso saudoso Stanislaw, dizia que “no futebol a cabeça é o terceiro pé”. Os bretões o inventaram achando que aquilo era só uma brincadeira sem pé nem cabeça. E no entanto metade da humanidade continua em frente a uma TV. Até macacos jogam. É clássica, e já contei aqui, a historia do Adalardo de Alegrete, no Rio Grande do Sul. A cidade estava em festa. O
SÃO MIGUEL DOS MILAGRES – 1. “Se me aborrecerem o pau canta e não pára mais”. – “O governador é quem manda em Alagoas e o que ele faz há de ser respeitado, custe o que custar, haja o que houver”. – “O governador me perguntou (a um deputado da oposição,preso) se eu estava armado. Respondi-lhe que não era habituado a usar armas. Sacou então de um punhal ou
RIO – Paes de Andrade, sempre que retornava a Fortaleza, reunia em sua casa os amigos para um convescote. Chegávamos – uns vinte – para o almoço de carneiro e para todas aquelas relembranças da história política do Ceará, em que o Filho de Mombaça havia sido personagem marcante por mais de meio século. O carneiro do Paes, preparado pelas mãos competentes da cozinheira Francinete e apresentado em várias modalidades