Folclore Político
No meio da praça do “Campo dei Fiori”, em Roma, cheia de flores, frutos e “finestras” (janelas), com seu mercado aberto e a milenar arquitetura das antiquissimas hospedarias medievais, estou vendo Giordano Bruno, de pé, na estátua negra, denúncia eterna de todos os fundamentalismos: -A Bruno, il Secolo da Lui Divinato, Qui, Dove il Rogo Arse (A Bruno, o Século por Ele Profetizado, Aqui, Onde a Fogueira Ardeu). Nascido em
RIO – Pálido, os olhos tristes e a alma cansada, Getúlio Vargas desceu em Belo Horizonte, na tarde de 12 de agosto de 1954, a convite do solidário governador Juscelino Kubitschek, para inaugurar a siderúrgica Mannesman. O Rio pegava fogo com o inquérito da Aeronáutica (a “Republica do Galeão”) contra os que tentaram matar Lacerda. Liderados pelos comunistas e udenistas, nós estudantes, com lenços amarrados na boca, impedimos que Vargas atravessasse a cidade pela Avenida
Em 30, Júlio Prestes e Costa Rego foram exilados para a França. Encontraram-se, numa tarde de neve, à beira do Sena. Costa Rego inconsolável: -Olhe, Júlio, eu entendo que você esteja aqui. Afinal, foi o candidato à presidência da Republica, a oposição se rebelou e tomou o poder. Eles não iriam querer deixa-lo lá. Mas eu, pobre jornalista e político de Alagoas, não era ameaça nenhuma. Não me conformo. -Não se
SALVADOR – No dia 28 de janeiro de 1938, Getúlio Vargas escreveu em seu “Diário” (Editora Siciliano/FGV, vol. II, pág. 176): -À noite, procura-me a Alzira (a filha Alzira Vargas) dizendo que a mulher do livreiro José Olimpio, que editara “A Nova Politica do Brasil” (livro de Vargas em vários volumes), procurara-a chorando para dizer que o meu telegrama circular aos interventores, desaprovando a compra do livro, arruinava moral e
Três dias antes de morrer, Juscelino viera de sua fazendinha em Luziania e pernoitara no apartamento do primo Carlos Murilo, em Brasília. Estava triste e deprimido por tantas injustiças e perseguições, e fez a esse seu primo e meu xará a seguinte confissão que, autorizado por ele, agora, pela primeira vez, vou revelar: -Meu tempo, aqui na terra, está acabado. Tenho o quê, de vida? Mais dois, três ou cinco