RIO – Era uma vez um barão. Um barão belga. Albert Frère. O homem mais rico da Bélgica e um dos mais ricos do mundo. Era dono da refinaria de Pasadena,  no Texas, que comprou por 42 milhões de dólares como sucata e vendeu à Petrobrás por um bilhão e 300 milhões de dólares.

Um dos maiores negócios (ou negociatas) do século, no Brasil e no mundo.

Através da empresa Astra Transcor Energy, o Barão comprou essa refinaria em 2005 por 42 milhões de dólares e no ano seguinte, em 2006, vendeu a metade dela à Petrobras já por mais de 300 milhões de dólares. Foi um milagre evangélico. Multiplicou os peixes.

E virou o Barão do PT.

 

GDF SUEZ

O Barão  Albert é dono também de 8% das ações da GDF Suez Global LNG, maior produtora privada de energia do planeta, da qual é vice-presidente mundial. Através da GDF Suez o Barão chegou ao Brasil.

A GDF Suez possui negócios com a Petrobras no Recôncavo Baiano, mas seu principal negócio no Brasil é a Tractebel Energia, que tem no país um faturamento de quase 6 bilhões de reais anuais e é também do Barão.

A Tractebel é dona das usinas de Estreito, Jirau, Machadinho, Itá e dezenas de outras hidrelétricas, termelétricas, eólicas. Todas no Brasil.

 

LULA E DILMA

Essa Tractebel, que é da GDF Suez e também do Barão, foi uma grande doadora da campanha de reeleição de Lula, em 2006: 300 mil reais. Também foi uma das patrocinadoras do filme “Lula, Filho do Brasil”.

Em 2010, para a eleição de Dilma, a Tractebel doou quase 900 mil reais. Eis aí o rabo da serpente. O dinheiro que ajudou a reeleger Lula e eleger Dilma veio, assim, mesmo que indiretamente, da Petrobrás, daquelasuspeitíssima bolada que a Petrobrás  pagou, inexplicavelmente, pela refinaria Pasadena. “Como é pequeno (e gordo) este mundo da corrupção”.

 

PETROBRÁS

Um espetáculo doloroso vem envolvendo a Petrobrás na sua criminosa mutilação. Nos últimos anos, a maior empresa brasileira, orgulho de gerações, foi esquartejada, aparelhada pela incompetência, gerando um ciclo de “mal feitos” (corrupções) inédito na sua história.

E não é de agora, mas dos últimos doze anos, quando foi transformada em palanque populista e apêndice da política econômica. Não fosse a imprensa buscar a operação dos desvios e negociatas e tudo continuaria.

Exemplo: quando Lula assumiu a presidência, em 1º de janeiro de 2003, uma ação da Petrobrás era cotada a R$ 46,56. Para voltar hoje a esse valor teria de ter uma correção de 223%. Os acionistas minoritários, donos de 48% do seu capital, tiveram suas finanças confiscadas pela incompetência do governo brasileiro. E mais: hoje, a cada 30 dias a Petrobrás  perde mais de US$ 1 bilhão com importação de derivados.

Só rezando: Ave Maria, cheia de Graça Foster…

UNE

Os 50 anos do ainda não suficientemente execrado golpe militar de 1964 também foram para a frente da UNE (União Nacional dos Estudantes), numa faixa denunciando o terrorismo dos histéricos que a incendiaram na manhã de 1 de abril de 1964.

Levantando a faixa, estavam lá os ex-presidentes Alfredo Marques Viana (Casa do Estudante do Brasil), José Frejat, João Pessoa de Albuquerque, José Batista de Oliveira Júnior, Milton Coelho da Graça, Arnaldo Mourthé e outros, representando gerações que honraram a UNE.

Na hora, surgiu uma preciosidade histórica: uma carta de 7 de agosto de 1942, do presidente dos Estados Unidos Franklin Roosevelt, para o então presidente da UNE,  Luiz Pinheiro Paes Leme, parabenizando os estudantes brasileiros pela luta contra o fascismo.

Curiosidade: o Paes Leme era membro do então ilegal Partido Comunista do Brasil.

RENAN

À maneira do saudoso  Zózimo Barroso.

E o Renan, hein?

Quanto mais o cabelo cresce mais a biografia desce.