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O PAIS DOS RUIDOS SURDOS LYON França – Deus fez o mundo e mandou os homens fazerem as cidades. E ninguém as fez tão belas quanto o império romano: Roma, Paris, Constantinopla, Amsterdam, Avignon, Carcassonne, Rotenburgo, Jerusalém, Barcelona, tantas, e esta maravilhosa Lyon de 2 mil anos. Cedo os homens aprenderam que as cidades nascem à beira dos rios. A Mesopotamia é filha do Tigre e do Eufrates. A
PARIS – Eu passava do outro lado da Avennue Champs Elysees, lá no alto, bem perto do Arco do Triunfo, quando uma bomba terrorista explodiu ali, no coração de Paris. Um carro preto, de chapa diplomatica, saiu às carreiras do local. Alguém anotou a placa. Imediatamente a polícia foi atrás da placa. Encontrou. Imaginem onde? Dentro da embaixada do Brasil, na Avennue Albert Premier, diante do Senna, ao lado
AMSTERDAM – Não é nada disso. Isto aqui não é a terra da maconha, nem só a patria do holandês brasileiro Maurício de Nassau. É sobretudo o país dos museus, das artes, do Museu Van Gogh, grande, soberbo, aberto no centro da cidade como uma tulipa das artes. E também do Rijksmuseum, à beira dos canais, magestoso, atravessando impérios e séculos, mostrando Rembrandt em toda sua glória com seus largos
RIO – A primeira vez que Ulysses Guimarães deixou de ser presidente da República não foi em 1974, quando o MDB o lançou como anticandidato contra a nomeação do general Geisel. Com os olhos quase fechados, como se estivesse sonolento, ele contava pausadamente: – “Por ingenuidade, deixei de ser presidente da República interinamente. Os cardeais do PSD se reuniram em 1955 para ver a preferência da bancada em torno de
RIO – Quando Jimmy Carter esteve no Brasil, em 1972, passou alguns dias em Recife com a mulher, em casa do casal Camilo Steiner, na praia da Piedade. A mulher de Steiner, americana da Geórgia, tinha sido colega de colégio da mulher de Carter e continuaram amigas pela vida afora. O filho de Steiner estudou dos EUA, morando na casa de Carter. Em Recife, o então governador Eraldo Gueiros ofereceu
SÃO PAULO – Siqueira Campos, chefe da conspiração revolucionária em São Paulo nos primeiros dias de 1930, chamou o jornalista Oscar Pedroso Horta, redator do “Estado de S. Paulo”: -É preciso renovar os códigos de comunicação entre nós e Prestes, que está em Buenos Aires, trazer de lá um aparelho de rádio mais possante e levar uma série de mapas para ele organizar os planos do levante. Mas não esqueça:
19terçaAGOSTO2014 SEBASTIAO NERY RIO – Como todo ano no fim do ano, estava numa semana de férias em Recife. Seis da tarde, tocou o telefone no hotel “Atlante”. Era o governador Eduardo Campos: -Nery, bem vindo a Pernambuco. Soube que você chegou à cidade. Podemos conversar? Estou numa inauguração aqui em Porto de Galinhas. Que tal nos encontrarmos depois? -Eduardo, aqui sou seu cadete. Diga onde e a que
RIO – Uma tarde, em 1947, Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos e João Etienne Filho, jornalistas e escritores mineiros desembarcados no Rio, tomavam seu chope pobre no Vermelhinho, em frente à ABI, e ruminavam as esperanças nacionais. Chega Otto Lara Resende, também mineiro, jornalista e escritor, que fazia a cobertura do Senado ali ao lado, no Palácio Monroe, na Cinelândia, derrubado pela irresponsabilidade ditatorial do general Ernesto Geisel: – “Esse
RIO – “A 31 de março de 1964, pela manhã, eu fora à Câmara dos Deputados. Passara pelo meu gabinete por alguma razão menor. Para minha surpresa, por toda parte, parlamentares às dezenas, agrupados, a discutirem numa incontida agitação. Àquela época, o parlamento reunia-se pelas tardes. Sempre. Às vezes, às noites. Pelas manhãs, nunca. O que motivara os deputados federais àquele encontro insólito? “Aproximei-me de um dos grupos: e ali
RIO – Ao lado do hotel Bristol, em Varsóvia, na Polônia, havia um bar de nome inconfundível, Krokodila, com cara e fumaça de cave existencialista de Paris, naquela cidade arrasada pela guerra. A um canto do Krocodila, toda noite, tomava conhaque da Geórgia uma estudante de arquitetura com cara de pecado, Barbara Slanka, que usava pulôver vermelho com gola rolê e calça preta. Em 1957, ia ficar uma semana em