Colunas
BELO HORIZONTE – Em 1964 a UNE (União Nacional de Estudantes) não era esse molusco falso, frouxo, mixuruca, que é hoje, um indisfarçado escritório financeiro-eleitoral que nem voto tem. Era uma grande e poderosa entidade nacional que de fato representava a nós estudantes brasileiros. E mais do que isso: era uma escola política, a vibrante Universidade Livre da juventude brasileira. Daí vinha sua força, sua representatividade, sua autoridade diante do
RIO – Alcântara era contínuo do palácio do governo do Rio Grande do Norte. Afonso Pena, presidente da República, ia visitar o Estado. Alcântara pediu para fazer parte da comitiva que ia esperar o Presidente na estação ferroviária de Nova Cruz, fronteira da Paraíba com o Rio Grande do Norte. O governador concordou. Mas o secretário do governador achou um absurdo. Onde se viu contínuo esperando presidente? Chamou Alcântara: -O
RIO – No “11 de Novembro” de 1955, internado Café Filho, presidente da República, com problemas cardíacos, o golpista Carlos Luz, presidente da Câmara no exercício da Presidência, tentou demitir o general Lott do Ministério da Guerra para impedir a posse de Juscelino – que havia ganho as eleições de 3 de outubro – mas não conseguiu. A Câmara reuniu-se, derrubou-o e o substituiu por Nereu Ramos, presidente do Senado.
RIO – Era uma vez um barão. Um barão belga. Albert Frère. O homem mais rico da Bélgica e um dos mais ricos do mundo. Era dono da refinaria de Pasadena, no Texas, que comprou por 42 milhões de dólares como sucata e vendeu à Petrobrás por um bilhão e 300 milhões de dólares. Um dos maiores negócios (ou negociatas) do século, no Brasil e no mundo. Através da empresa Astra
RIO – Um amigo de Getúlio Vargas, quando Presidente (eleito em 1950), criticava Ricardo Jafet, cunhado de Paulo Maluf: -Presidente, nos primeiros encontros, no início da sua campanha eleitoral, Jafet parecia o homem mais desinteressado do mundo. Não pedia nada em troca de sua ajuda. Dizia que era apenas um admirador e lutava como patriota pela volta do senhor ao poder. Depois, quando o senhor lhe entregou o Banco do Brasil,
RIO – Deputado pela Bahia, o golpe de 31 de Março de 1964 me pegou no Rio. No dia 13, fui ao “Comício das Reformas”, na Central do Brasil. Na madrugada de 26, o Palácio dos Metalúrgicos, na Zona Norte, superlotado de marinheiros, trabalhadores, estudantes e políticos, parecia filme da Revolução Francesa. A meu lado, na ponta da mesa, um velhinho negro, alto, magérrimo, cabelos brancos, esfregava as mãos emocionado: -Eu
RIO – Em Viana, no Maranhão, o padre era do PSD. A UDN nem podia entrar na Igreja. Na campanha eleitoral, os céus e os santos todos eram mobilizados para a vitória pessedista. José Sarney, deputado federal pela UDN, veio ao Rio tentar resolver o problema. O secretário do senador Ruy Carneiro era “bispo” da “Igreja Brasileira”, mandou um “padre” para Viana. O padre dois chegou lá, começou a disputar o céu.